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Creio que, quase sempre, é preciso um golpe de loucura para se construir um destino.
Nenhuma águia quer ser elefante, nenhum elefante quer ser águia. Eles “aceitam” a si mesmos, aceitam seu “ser”.
Não, nem mesmo aceitam a si mesmos, pois isso poderia significar uma possível rejeição. Eles se assumem por princípio. Não, nem mesmo se assumem por princípio, pois isso implicaria a possibilidade de serem diferentes. Eles apenas são. Eles são o que são.
Quão absurdo seria se eles, como os humanos, tivessem fantasias, insatifações e decepções! Quão absurdo seria se o elefante, cansado de andar na terra, quisesse voar, comer coelhos e botar ovos. E se a águia quisesse ter a força e a pele grossa do elefante?
Que isso fique para o homem! – tentar ser algo que não o é – ter ideais que não são atingíveis, ter a praga do perfeccionismo para estar livre de críticas, e abrir a senda infinita da tortura mental.
Essas palavras aí de cima são do Perls, escritas num livro onde ele estimulava a busca e o encontro por uma identidade que se auto-expressa pelo que se é e não pelos enquadramentos ou jogos manipulativos, buscando a tão desejada aceitação alheia, e a de si também…
Não sei se alguém ja te disse isso hoje, mas teu jeito único é foda!
E só quero, junto com o Perls, dar uma breve invertida na tua forma de olhar para todos os julgamentos que você ja recebeu por ser quem é, e por todos os julgamentos que você ja se fez por ser quem é: esse teu jeito aí, as vezes incompreendido, não é defeito, não, é tempero!
Como diria o trecho da música de uma banda que gosto muito:
Teu parafuso a menos é o tempero que te destaca de um monte de prego!
Um brinde a todo parafuso que nos falta.